11 agosto 2009

Pratrimónio Histórico -Cultural de Atouguia


Atouguia foi elevada à categoria de Freguesia civil em 19 de Julho de1933 (Decreto-Lei nº 22043) e de paróquia em 19 de Março de1953. Aqui se fixaram os romanos, conforme testemunham os vestígios da vila romana das Coinas, situada nas proximidades da sede da freguesia.
Os topónimos de Escandarão, Zambujal e Alveijar são provas da presença árabe nesta zona. Nas planícies de S. Sebastião estiveram acampadas as tropas chefiadas por D.João I e D.Nuno Álvares Pereira, quando, em 11 de Agosto de 1385, se deslocavam a caminho da Aljubarrota.
Por aqui passava a Estrada mediaval que ligava Ourém a Porto de Mós e Leiria.

No lugar de S. Sebastião terá sido edificada, em 1601, a capela com o mesmo nome. Destruída pelos franceses, aquando das invasões, encontra-se actualmente em ruínas.

No Lugar de Zambujal terá nascido a beata Teresa de Ourém, a qual morreu em Ourém, em 3 de Setembro de 1266, com fama de santidade. A capela de S. Sebastião é um belo exemplar maneirista e que como consta em algumas publicações já no século XVI já se encontrava bastante degradada e o Bispo D.Frei de Lencastre mandou que fosse arrasada. Felizmente sobreviveu a essa e outras tentativas de destruição posteriores, e permanece ainda como testemunha ou relíquia da 1ª passagem do Santo Nuno Álvares Pereira pelas terras do seu Condado.

Esta Ermida de S. Sebastião, também serviu de de calavalariça e prisão, levaram todas as mulheres dos arredores que violaram e maltrataram, mas que, conseguiram fugir durante uma noite, passando por um esgoto que vinha da sacristia.

Perto da Mangarreira (Má Carreira) os Franceses encontraram "uma qualidade prodigiosa de pedras singularíssimas pelo seu feitio, cores e briho compostas provavelmente de carbonato de cal, pois que se dissolvem em qualquer ácido, que se chamam Pedrinhas de S.Sebastião , algumas pessoas as traziam ao pescoço preservatico contra as sezões ou cura delas, e que se julga serem aerólitas".

A Antiga (Ermidia) (Capela) de S.Sebastião que foi incendiada em 1810 pelas tropas, mas cujas ruínas ainda resistem ao tempo, mas se não lhe acudirmos perderemos a nossa História e o nosso Património.

6 comentários:

  1. A melhor forma de a recuperar, é entregá-la ao nosso amigo e vizinho Sr João da Barreira e filhos. Pessoas capazes, e que na sua arte sabem bem como fazer bem. Nas mãos dos golosos, projectos e mais projectos, pareceres e parecerzinhos será uma fortuna. Sejamos práticos.

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  2. Muito bem! Isto é que é sentido de oportunidade.

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  3. Passaram ontem 624 anos do acampamento do Condestável.

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  4. Na verdade, muito oportuna mensagem.Estas referêdncias históricas nossas são importantes porque nós, os contemporâneos, somos o que outros foram e fizeram.
    Só três observações:
    1. se a capela foi construida em 1601 (já no século XVII) não podia estar em estado de degradação no século XVI... Há aí um "gralha" a intrometer-se.
    2. também me parece que essa referência a ter sido prisão e cavalariça, e às violações e outras violências cometidas, foram dos franceses durante as invasões, e no texto não fica muito claro.
    3. Quanto
    às pedrinhas de S. Sebastião, há muita lenda e talvez haja uma verdade científica a demonstrar, como a de ter sido ali, naquela encosta,, uma zona submersa. Não sei... De qualquer modo,tenho algumas dessas pedrinhas aqui na minha secretária!

    Quanto à Beata Tareja, do Zambujal, não se esqueçam da Festa no próximo fim-de-semana

    Abraços.

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  5. Coinas - Atouguia.
    Conta-se que é um sítio de uma antiga Vila Romana (Romanizada?)e que não tem sido investigada, fazemos votos que se pense a sério em melhor estudo do sítio.
    Está um painel (azulejo) no museu em Lisboa, mas fivava bem na casa museu da junta de freguesia, porque agora temos local adequado. Esta é a minha opinião sobre este pequeno assunto.

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  6. franceses malditos. Foram afinal anos de autêntico terror no país e pelo que dizem na nossa terra. Malditos, malditos franceses que destruíram tanto, deram prejuízos nas coisas.

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