IC9 - O que se passará?

Não sou especialista na matéria, mas por vezes questiono-me sobre a forma como determinadas obras são construídas e as consequências das opções tomadas.

Nos dias que têm passado, o IC9 é um dos temas dessas minhas interrogações.

Vou com alguma frequência para Ferreira de Zêzere, por razões profissionais.

Quando vi que a construção do troço daquela estrada estava em andamento desde Carregueiros até Chão de Maçãs fiquei contente, porque assim conseguia ganhar algum tempo de viagem, por evitar as curvas antes do corte para o Agroal e depois o passar dentro de Carregueiros.

Pareceram-me as obras de Santa Engrácia pela lentidão a que avançaram, mas em vésperas de eleições autárquicas (as últimas), na sexta-feira imediatamente anterior, eis que aquela via é aberta à circulação.

Muito bem pensei eu.

Nas semanas seguintes passei a ganhar cinco minutos no meu percurso, por utilizar aquela via. Assim dava gosto.

Passaram poucos meses e a estrada é de novo fechada no mesmo percurso (entre o nó de Carregueiros e Chão de Maçãs e vice -versa). E permanece fechada, ou permanecia, até à última sexta feira.

Não sei do que se tratará, mas imagino que possa por algum abatimento do piso, dado que aquela zona do nó de Carregueiros é fértil nesse tipo de problemas, quase desde o início.

Não me compete fazer juízos técnicos sobre a obra, ouvi apenas um funcionário que estava no controle do tráfego por causa do movimento de camiões numa das saídas de obra, referir que era por "excesso de engenheiros".

Para terminar, faço apenas votos que a construção daquela importante via de comunicação do interior para o litoral recomece rápidamente e que os trabalhos sejam realizados com mais rigor e resistência para que problemas como este sejam evitados no nosso concelho.

Ao mesmo tempo, votos que as obras na reparação daquela via avancem também rapidamente para que possa ser reaberta ao tráfego com a maior brevidade possível, para satisfação não apenas minha, mas dos milhares de trabalhadores que diariamente precisam passar por aquela via, e que ficamos sempre com a sensação que terá sido construida apenas para cumprir prazos e datas.