Estamos em tempo de férias, apesar da tão falada e até sentida crise, e era suposto nestes dias todos nós andarmos mais calmos e tranquilos, para podermos, numa sintonia de vontades e de energias, ganhar novo folgo para recomeçar as lides de um novo ciclo de trabalho, que para a maioria de nós coincide com o ano lectivo dos nossos filhos.
Também sei que, para muitos, este tempo, é tempo de trabalho e de azáfama do dia-a-dia que parece não ter tempo para parar e deixar respirar um pouco da tal tranquilidade que referi antes.
É a propósito de tudo isto que vem a minha partilha com os leitores e comentadores, em jeito de desabafo.
Por conta do meu trabalho faço muitos quilómetros de carro, por várias estradas e caminhos.
Tento cumprir as regras do código e de conduta cívica, que tanto precisamos todos, mas por vezes também tenho os meus exageros e me descuido, mas faço tudo o que está ao meu alcance para que isso não aconteça.
O meu desabafo é este:
1. tenho sido ultrapassado, na auto-estrada, com alguma regularidade, por viaturas da autoridade policial, nomeadamente da Brigada de Trânsito, sem que estes indiquem qualquer sinal de emergência, circulando eu à velocidade permitida pela lei para esse tipo de vias, e aqueles a velocidades absurdas.
Sempre que isto sucede, dou comigo a falar com os meus botões e perguntanto a mim mesmo, muitas vezes zangado, "se fosse eu que ultrapassasse aqueles senhores e àquela velocidade o que me sucederia?"
Prefiro nem pensar, mas na educação que tive sempre me foi dito que o exemplo deve vir de cima e, esses senhores, sendo uma autoridade, será que não deviam dar o exemplo? Fica a minha pergunta.
2. Outra situação que me acontece muitas vezes é, ao fazer, ou ver fazer, sinal para ultrapassar algum veículo mais lento, por exemplo camiões, ao longe e muitas vezes à distância de centenas de metros, outros automobilistas fazem sinais de luzes, como que advertindo para algum erro que eu ou outros tenhamos feito.
Não seria mais civilizado circularmos todos com sentido de respeito pela condução dos outros e evitarmos este tipo de atitude que muitas vezes é mesmo provocatória? É uma questão de civismo no meu entender.
Ficam os meus desabafos e apresento o meu pedido de desculpas áqueles que os acharem inconvenientes, mas é o que sinto.
Boas viagens para todos e boas férias para os que puderem tê-las.
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