Os gregos consagravam estas “maçãs de ouro” à deusa Afrodite e na Croácia são símbolos de fertilidade e vida.
Em Portugal é colhido no Outono, geralmente transformado em marmelada, visto que a maioria das variedades é amarga e dura demais para consumo cru. Também se consome assado, grelhado, estufado, como complemento a recheio de tarte de maçã e em pudim.
A nossa freguesia é adornada destes arbustos, e por isso creio que seja de tradição antiga o uso deste fruto na nossa gastronomia. Hoje por exemplo foi dia de fazer marmelada aqui em casa, e confesso que não é habitual utilizar o fruto para mais fins, mas a vizinha coze os marmelos como se fossem maçãs e depois polvilha com açúcar e canela.
Na medicina, por serem bastante ricos em pectina, tanino e substâncias gelatinosas, os marmelos costumavam ser ministrados na Idade Média a quem sofria de diarreia e a geleia vegetal resultante da semente do fruto demolhada é um bom xarope (ainda usado no Médio Oriente) para inflamações da faringe, bronquites, tosse e dores de garganta. Para catarros da faringe e brônquios, recomenda-se cozer 5 g de sementes de marmelo trituradas com 5 ml de água, misturado com xarope de malvaísco e tomado às colheres. Outras propriedades do marmelo são a adstringência, anti-oxidação, a riqueza em vitamina A, cálcio, ferro e fibra, decorrendo pesquisas quanto às suas propriedades anti-virais e no combate à úlcera gástrica.
Mas nem tudo é bom neste fruto ou na sua árvore, uma vez que é dela que se extrai a famosa vara de marmelo.... mas como não sou desse tempo, em vez de partilhar, ficarei à espera das vossas historias genuínas que melhor poderão explicar o que são as varas de marmelo!
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